“Há uma sombra”, ela enfim disse, sem abrir os olhos. “Há alguém perto de você. Rodeando você. Quer algo que você tem. Não descansará enquanto não obtiver aquilo que só em você encontrou”.
Na procura por vingança pelo assassinato da namorada, um jornalista se embrenha no submundo do crime sem saber o que vai encontrar. Ao buscar os serviços do assassino Casemiro, jamais esperaria ele que a vingança desejada iria se transformar em algo muito maior e mais assustador do que a violência urbana e a corrupção do tráfico. Sangue, almas gêmeas, dor, medo, trevas, o outro obscuro à espreita. O mal, personificado na crueza e agressividade de Casemiro, já o incluíra em seus planos e o aguardava para um destino do qual era tarde demais para recuar.
Em O Adversário, o sobrenatural age da forma mais incômoda: nas coisas pequenas de nosso cotidiano. Ele age por baixo dos momentos de tranquilidade. Prega pequenas peças que jamais associamos ao todo. Aflora em lugares insuspeitos. Cava galerias sob nossa paz. Até chegar a hora em que as instalações nas quais erguemos nossa sanidade, de tão corroídas, vêm abaixo.
O autor
Maurício Limeira é carioca, funcionário público, formado em História, nasceu em 1969, mora em Laranjeiras. Desde a adolescência vem escrevendo contos, crônicas, poemas e peças para teatro. Parte desse material reuniu num fanzine de quadrinhos chamado Quadrante e, mais tarde, no site que ele próprio editou em 2000, O Cisco Tonitruante (e que encerrou quatro anos depois). Teve um artigo dos tempos de faculdade publicado em 1998 no livro História e Imagem, organizado por Francisco Carlos T. da Silva, e dois contos publicados na coluna de Claudio Willer na revista Cult. Atualmente, participa do grupo Filmantes, com quem vem desde 2008 realizando vídeos de humor disponibilizados na internet. Em 2010, teve um conto premiado no Concurso Literário do Servidor Público do Rio de Janeiro. O Adversário é seu primeiro romance.
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